"Nadia: O que você acha de mim?
Rocco: Eu não acho nada.
Nadia: Pode falar, eu não vou me sentir ofendida.
Rocco: Bem, eu estava pensando... Quantos anos você tem?
Nadia: Eu tenho 25, e daí?
Rocco: Só estou querendo entendê-la...
Nadia: O que mais você quer saber.
Rocco: Você se ofendeu?
Nadia: Por quê? Por que você fica me encarando dessa forma?
Rocco: Perdoe-me, eu não sei o porquê, mas eu sinto muita pena de você.
Nadia: Oh, que grande elogio. Mas não se preocupe. Digamos que a vida não tem sido um mar de rosas para mim e o que me espera é ainda pior.
Rocco: Não diga isso. Você escolhe a vida que quer ter, acredite nisso. Não se deve ter medo, e vejo que você tem muito medo.
Nadia: Você é um cara interessante. Não fale assim, veja com eu fico.
Rocco: Devo ir embora?
Nadia: Não seja bobo. Me leve até a estação, mas não vamos falar sobre mim, isso é algo que me deprme. (...) O que você faria no meu lugar?
Rocco: Eu teria fé e não teria medo. Eu teria muita fé.
Nadia: Fé no quê?
Rocco: Não sei. Em tudo.
Nadia: Em você também?
Rocco: Sim, em mim também.
Nadia: Quando voltar a Milão, você vai me procurar?
Rocco: Sim, eu vou.
Nadia: Talvez você possa me ensinar a não ter medo.
Rocco: Sim... Sim..."
Rocco e Seus Irmãos, 1960, de Luchino Visconti
Um comentário:
olah eu! meio decadente,aliás rs
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