A S.A.
Amei-te, e por isso tomei nas minhas mãos esta maré de homens,
e escrevi a minha vontade em estrelas pelo céu
Para te dar a Liberdade, essa preciosa casa de sete pilares,
para que que os teus olhos me fitassem, brilhantes
Quando chegássemos.
A morte parecia servir-me, no caminho, até nos aproximarmos
e te vermos à espera:
Quando sorriste, ela, cheia de inveja, ultrapassou-me
e levou-te consigo:
Para o seu silêncio.
O amor, fatigado da jornada, procurou o teu corpo, nossa breve
recompensa, enquanto nossa,
Antes que a mão macia da terra explorasse as tuas formas,
e os vermes cegos se alimentassem
Da tua substância.
Pediram-me os homens que erguesse a nossa obra, a casa
inviolada, em memória de ti.
Mas, porque não era o monumento adequado, despedacei-a,
Inacabada: e agora
Pequenos seres rastejam no silêncio, construindo choupanas
na sombra arruinada
Da dádiva que eu te destinava.
T.E.Lawrence
Épica obra prima do mestre David Lean, 1962
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